Cidade de Durenor

Muito próxima à cidade de Hyacinth e principal fonte de lucro da mesma, Durenor, uma cidade mercantil surge. Diversas tendas e lojas dos mais variados tipos e tamanhos ficam aqui. Neste lugar você pode encontrar o que quiser, sendo comida, bebida, roupas, poções, venenos e artesanatos. Soldados de Hyacinth protegem a área de possíveis monstros e criaturas. Suas ruas de paralelepípedos e suas fontes de estatuetas dão um charme especial à cidade.

O rapaz parou de assoviar, olhando de canto para a garota.

- Você tem alguma ideia de onde fica essa tal "Floresta Elzarea"?

Perguntou, tirando suas mãos do bolso e cruzando os braços enquanto ainda caminhava tranquilamente.

-Não faço a mínima. O cabelo cobria seus olhos, não deixando muito do seu rosto a aparecer para o rapaz. Apertou a mão sobre o tomo.

Ele virou a cabeça para a garota.

- Ótimo...

Disse num tom sarcástico e desanimado, virando a cabeça lentamente para a frente.

E após dias andando, finalmente chegara na Cidade de Durenor. Meus sapatos estavam surrados e minhas economias no limite. Se continuasse assim não teria como manter minhas despesas para viagens, logo decidi se poderia fazer algo para ganhar algum dinheiro já que pedir esmola não estava em meus planos.

Todo segundo conta, e para a taverna eu fui.

Mal tinha chegado na cidade e já estava de saída. Minha estadia foi curta, mas a oportunidade de ganhar Ouro para pagar minhas despesas falava mais alto, preparei minhas malas e fui para Hammerfall.

No meio do movimento, pego o papel que estava em um bolso interno do sobretudo e começo a lê-lo, afim de saber mais sobre a missão.

Lyudmila passava os olhos vagarosamente pela página, lendo-a com atenção.

Na cidade de Quorin'Val, existe um senhor elfo de idade chamado Kael.
Ele precisa urgentemente de ajuda em sua casa, onde monstros simplesmente começaram a atacar.
Ajude-o e volte para pegar a recompensa.

Determinada, segui o que o papel dizia. Rodopiei até lembrar o caminho para Quorin'Val, para, logo em seguida, seguir esse caminho.

Toc... Toc.. Toc..

A bengala batia á frente de meus pés, a cada passo que dava. Os cabelos semi-presos por um belo e trabalhoso prendedor em forma de asas (Da imagem de avatar), qual eu fiz em uma noite dessas. Roupas simples, botas simples, porem tudo limpo e organizado. A unica coisa que poderia chamar atenção alem da bengala, era as faixas nos "olhos" e a bolsa que fazia barulho de ferramentas se batendo, conforme movia-me. Fora isso, não passava de uma cega na cidade.

Um meio sorriso se forma em meus lábios fechados, enquanto "observo" aquela agitação no centro da cidade nesta manhã nebulosa, ansiosa para conhecer o trabalho de outros ferreiros, onde poderia me inspirar e criar novos objetos.

Do alto de um prédio observo a cidade. Dali do alto podia ver o movimento da cidade, e assim, podia separar facilmente as pessoas segundo minha classificação. Os nobres e honrados, andando com toda sua pose, com as pessoas abrindo caminho para eles, com elogios e gentilezas, enquanto a grande manada dos irrelevantes permanecia caminhando sem fazer diferença alguma. E alguns que como eu, rodeavam a multidão, passando despercebidos aos olhares menos atentos. Era divertido ver isso.

Era estranho estar em meio á multidões. Muitos esbarravam em mim, xingando-me sobre prestar atenção por onde olhava, então logo após pedindo desculpas e saindo constrangidos, muitas vezes até ofereciam ajuda para is até certo ponto. Indiretamente era uma situação da qual me divertia por dentro.

Aproximo devagar de uma tenda onde havia algumas esculturas de madeira, pequenos objetos de enfeite de mesa, apenas decorativos. Discretamente "observo" seus detalhes, coletando idéias para minhas artes em aço.

Vejo uma figura interessante, que não se enquadra nos conhecidos grupos. Definitivamente isso acontecia as vezes, mas não como agora. Alguém que despertava piedade e a simpatia, mas não por sua honra. E uma pessoa simples, vendo coisas no mercado. Mas havia algo a mais. Vendas? Ela estava vendada?

Após alguns minutos "olhando" de longe as esculturas, passo a caminhar novamente, tateando a bengala na frente a as vezes ao lado. Muitas pessoas bagunçavam um pouco minha "visão" por não estar acostumada, mas como só estava de passagem, não me importava muito. Algo me trai a atenção, um vendedor de espadas velhas na calçada. Algumas laminas estavam expostas sobre um pano, gastas e provavelmente feitas há muito tempo. Torço os lábios de lado, era triste "ver" armas neste estado. Por um momento me aproximo ainda mais e fico a observa-las.

Definitivamente aquela criatura me intrigava. Ainda mais seu interesse por laminas. Teria ela algo de valor? Abro uma fenda atrás da loja que ela observava um tempo atrás e saio dali de trás, e me posto atrás da moça, e observo seus pertences, enquanto a sigo até chegar ao vendedor de lâminas.

Discretamente, aperto a bengala com força e giro o corpo rapidamente juntamente com a bengala, usando-a como arma para atingir aquele ladrão. Certamente, uma pessoa normal.. um humano.. não veria a aproximação deste tipo de pessoa, mas com a visão espiritual de um Myrddraal, podia saber bem quando alguém se aproximava por traz.

Vendo o movimento e reação ágeis da garota, percebo que há algo errado, e me forço a ser atingido pela bengala. "Oh... " Coloco a mão no queixo, que levou um leve arranhão. "Fiz algo errado, senhorita?"