Heinz contentou-se coma expressão de Lulie, sendo uma das poucas pessoas que não bocejavam com o entediante objetivo de vida do espadachim. Entretanto, apesar de sentir que podia confiá-la o livro por alguns instantes, sentiu-se relutante. Analisando aquela mulher de cima a baixo, achou desnecessário preocupar-se com algo diante de tão inocente figura e cedeu o livro, oferecendo-o a ela.
- Sem problemas, disse.
O livro era grosso, possuía quase mil páginas, mas também algumas ilustrações. Sua capa era branca e tinha detalhes dourados e bonitos ao redor de seu nome. Não possuía sumário, apenas eram demarcados capítulos entre o livro. Na primeira página do livro, se repetia seu nome, e o autor se identificava como "Lâmina dourada". Nessa segunda página, ao redor do nome do livro e do nome do autor, diversas escrituras, que variavam desde letras grandes e ilegíveis de criança até pequenas e bem feitas de um homem, cobriam todo o resto da página. Pareciam linhas nteiras reescritas para memorização, outros eram lembretes, e outros observações. Haviam pedaços de folha rasgados também entre a capa e a primeira página. Variavam de documentos de familiares e do próprio Heinz a listas de compras. De qualquer maneira, a vida toda do justiceiro parecia estar naquele livro.