Catedral em Ruínas

Zensano caminhava tranquilamente próximo à catedral. Parou ao seu lado e a observou por alguns minutos, encantando-se com sua meticulosa estrutura a qual já estava em ruínas. Gesticulou a respeito de como esta era antes das guerras.

Zensano vira-se para o grupo de pessoas o qual aproximava-se e coloca as mãos no bolso. Sua expressão era serena e "foda-se", embora estivesse preocupado com tantas pessoas vindo em sua direção de uma só vez, sem nem sequer comprimentá-lo anteriormente. Sabia que poderia ser algo de ruim, mas preferiu não se preocupar ou demonstrar uma atitude hostil. Por hora.

Zensano estava cercado por um bando de bandidos babacas e sujos. "Mas que merda, cara. Os bandidos dessa região não têm uma mínima decência pra se vestirem?" Pensou, ridicularizando-os enquanto tirava seu arco das costas, duas flechas da aljava e encaixava-as meticulosa e calmamente em seu arco. "Eu sei que só uso uma jaqueta preta e quase nunca deixo ela fechada, mas por favor..." Ergueu o seu arco, apontou-o para o céu e disparou ambas as flechas para cima.

Deu dois passos a frente, pegou mais duas e repetiu o procedimento. Sua estratégia era matá-los através do efeito de localização de alvos inimigos que seu arco vindo do vazio possuía desde que sacrificou o olho esquerdo.

Quatro deles estariam mortos em segundos, bastava esperar.

Zensano dá um breve grito anunciando a dor que sentira ao receber o corte na direção de sua costela. Ainda com o arco em mãos, dispara uma flecha em direção a cabeça do que havia golpeado-lhe, ignorando os outros por um breve momento.

Após disparar a flecha, desembainha sua adaga média e guarda o arco-e-flechas. Restavam apenas três e não se importava com o ocasional perigo.
— Mas então, bando de vagabundos. — Insultou-os em tom desafiador — Caham! De onde vocês vêm? São daqui mesmo? — Indagou-os em tom irônico.

Zensano tenta esquivar-se dos golpes, recuando em alguns passos e retirando seu arco da cinta a qual dava uma volta de 360° de seu peito até suas costas, passando abaixo de sua axila direita e por cima de seu ombro esquerdo — Quais são seus nomes?! — Tirou três flechas de sua aljava e permaneceu apoiado no que era uma das paredes da catedral.

Ergueu o arco, posicionou-se e apontou na direção de seu líder. "Mesmo que eu atire na direção dele, as outras duas flechas matarão esses dois imbecís."
— Ou rendem-se agora, ou mato-o e dou o corpo dele e de seus companheiros para o jantar de uma família de Myrddraal! — "Bando de idiotas, é capaz que acreditem. Vou matar todos e roubar tudo de valor que têm, se é que eles têm algo." — Pensou, mantendo-se em posição e aguardando a resposta dos bandidos.

Zensano dispara as flechas sem hesitar.

"O quê!? Como diabos ele foi capaz de parar e destruir três flechas tão rapidamente!? Indagou-se, retirando desta vez cinco flechas de sua aljava e posicionando-as em seu arco mágico e disparando-as em seguida, sem hesitar. Retirou mais três e atirou para cima logo após ter disparado as cinco anteriores.

Zensano põe a mão sobre as flechas as quais haviam atingido-o e estas dissipam-se. Um sorriso arrogante formou-se em seu rosto e colocou a mão em sua adaga, que dissipou-se também. Zensano então ergue seu braço na direção do rosto do Myrddraal, como se estivesse apontando algo para a direção de seu rosto quando, subitamente, uma simples lança é materializada.
— Sois todos lixo!

Zensano havia trocado suas duas flechas e sua adaga longa por uma simples lança, visando empalar o inimigo a sua frente.

Olhou ao redor e viu os outros dois bandidos restantes os quais haviam afastado-se do campo de batalha fugindo feito dois babacas — EU VOU PEGAR VOCÊS, SEUS DOIS DESGRAÇADOS! — Vociferou, levantando-se do chão num pulo e correndo na direção dos dois enquanto preparava seu arco e posicionava as flechas para que pudesse atirar neles.