Taverna Serpente Negra

— Você não disse nada que me fizesse ter vontade de pensar a respeito disso — falei, inexpressivo e sem educação. Estava um pouco irritado de ver alguém sendo poupado, depois de tentar matar Helena, Sarah e eu. Dei um longo suspiro, retomando o pouco de paciência que tenho.

-Não?  - Heinz franziu ligeiramente a testa - Estou falando em nome da força militar, e dizendo que é algo importante.  Vejo que não te importas muito com a situação alheia. -Disse, enquanto mantia seu olhar fixo em Mannuel. -Acredito que já tenham estranhado a falta de notícias de Innsmouth. Meus superiores acreditam que tenha se tornado uma "cidade fantasma". -Disse e observou cada membro do grupo, buscando suas reações. - Preciso de um grupo de quatro guerreiros me acompanhando para que eu pegue minha montaria e parta para Innsmouth, voltando apenas quando tiver informações sobre a situação do local. Em troca, ajudarei-os em qualquer missão, benéfica diante do meu julgamento, que tenham que fazer.  Não cobrarei por meu auxílio,  e estou certo que serão devidamente recompensados quando eu reportar o status de Innsmouth em Breonne.  - Voltou a olhar apenas para Mannuel - O que diz, senhor?

— Interessante... Mas não tanto... Você diz quatro pessoas, não ? Temos três livres aqui neste mesmo aposento — falei, apenas dando uma pausa para dar uma breve respirada — Bom, pelo menos três que parecem ser no mínimo interessantes — falei, apontando para a porta, seguidamente do balcão, e de uma mesa na qual se encontrava uma mulher.

— Estes três, juntamente com o que acabou de entrar, parecem conter habilidades em batalha, ou até experiência. Que tal ir falar com eles ? Nós esperaremos aqui — falei, começando a andar para uma mesa e antes do atendente chegar, para falar com o soldado. Ao chegar na mesa, puxei uma cadeira e me sentei.

ー Mannuel! ー Elevou o tom de voz a um grito e pisou em seu pé com força. Estava ficando cansada de toda aquela confusão, e ele ainda parecia estar agindo como se ela não existisse, e isso era uma das coisas que mais odiava. ー Não sei muito bem o que está acontecendo, mas este senhor está fazendo uma proposta bem generosa. Deixa de ser teimoso e pense direito.ー

Suspirou é voltou-se para o homem. ー Desculpe-me mais uma vez. Sinto lhe informar que eu não conheço muito sobre o reino ou suas necessidades, mas da para ver claramente que ambos os lados sairão ganhando. Se puder dar mais informações, poderemos analisar melhor a questão. Eu ficaria grata. ー Seu sorriso agora era puramente por educação, a exaustão estava quase transparecendo em seu rosto, o que tornava difícil manter qualquer traço de gentileza.

Diante a cena a minha frente, permaneço quieto observando o local. O rapaz que acertou a garota , parecia-me ser alguma autoridade. Propondo algum tipo de missão, as outras garotas estavam perto de um rapaz que no entanto aparentava ser bastante habilidoso. Bom aquilo não importava.

Caminho até o balcão , sentando-me na cadeira.

- Comida, por favor.  -tom de voz era rústica e grossa. Direcionada ao garoto que se encontrava no balcão.

Arma- Alabarda:

A situação mudou, mas aquela mulher ainda estava viva. Enquanto passava pelas mesas até chegar onde Mannuel estava observei brevemente o corpo inconsciente deitado sobre a mesa. Bom, não faria diferença alguma se incomodar com algo tão trivial como a existência dela agora, pois nada mais seria capaz de fazer.

Quando parei ao lado de Sarah e escutei atentamente o que ela dizia a Mannuel resolvi também comentar algo, afinal aquela parecia uma boa proposta.

- Sarah esta certa, porque não fazemos isso? Que mal fará? - Argumentei, esperando uma reação vinda dele.

Heinz manteve-se imóvel diante da resposta desinteressada de Mannuel. Na mesma posição, ele foi surpreendido com o rapaz que lhe oferecera ajuda no muito tempo atrás. O justiceiro não conteve um sorriso diante do interesse dele na missão.

- Olha só, está mesmo disposto a me auxiliar, não? As pessoas deste local são, de fato, bastante distintas. Vejo determinação em seu olhar, o que me assegura que se importa com a missão. Aceito sua ajuda desta vez, meu caro. - Voltou seu olhar para Mannuel novamente, que lhe dera as costas. - Suas companheiras não estão totalmente de acordo com sua decisão, senhor. Está certo que prefere mantê-la? - Heinz soltou sua mão e cruzou os braços, mudando tanto de posição quanto de tática de persuasão. - Me diga, Mannuel... O que vai fazer caso não me ajude? Por que motivo você lutará se não pela possibilidade de ajudar pessoas? Prefere sobreviver realizando missões em folhetos de taverna do que ajudar a investigação da força militar e ser pago por isso? Lhe garanto que a segunda opção é bem mais motivante e bem-paga. - Esboçou um sorriso para o Myddraal, torcendo para que ele aceite a oferta daquela vez. Não estava nos planos de Heinz gastar muito tempo recrutando aliados.

— Estava esperando que você dissesse a palavra que eu queria escutar — falei, levantando, com um sorriso debochado.

— Pago, é o que eu quero ser. Mas, já vou avisando, não sou aquele recruta perfeito que você procura, não ligo para as pessoas, e somente vou fazer o necessário, além disso, não vou me arriscar, somente para proteger as duas garotas que me contradisseram antes — falei, dando um ênfase no "me contradisseram antes", jogando minha cabeça em direção à elas. Tentei mostrar que estava um pouco aborrecido com aquilo, mas que nada mudará meu pensamento. Também estava pensando em deixa-las um pouco culpadas, mas duvido que isso fosse funcionar.

- Certo, então temos um acordo. - Disse Heinz, satisfeito. - E não se preocupe, o altruísmo ficará por minha conta. - Ele assentiu para o grupo e para Chrom. - Eu agora preciso cuidar dela - Desviou o olhar para a mulher que tentou assassinar o Myddraal. - Encontro-lhes nos estábulos?

Após sentar-me na cadeira e ver que não sou correspondido com meu pedido, com uma das mãos dou um soco na balcão.

ー Alguém!   -Exclamei tentando chamar atenção de algum funcionário.

Fazia muito tempo que não ficava irritado, porém eu não poderia fazer nada sem uma boa refeição.

Arma- Alabarda:

ー Não olhe para mim assim, você que é um cabeça dura. ー Levantou as mãos para se defender e depois voltou o olhar para o homem. ー Logo estaremos lá. E você... ー Apontou para Mannuel. ー Precisamos conversar. ー Dessa vez ela não estava brincando, se iam viajar com uma autoridade, ela precisava falar com ele. ー Helena, pode vir conosco.

— Tudo bem, eu vejo vocês lá! Disse Chrom enquanto corria ao balcão com o homem irritado, correu para dentro do balcão e não muito tempo depois voltou, carregava com si um grande frango assado coberto de cebolas e uma grande caneca de vinho, junto a uma menor de leite, servia o homem com um estupendo sorriso no rosto, o cheiro era bom e trazia recordações fáceis.

— Apenas 30 Pratas! — Chrom então foi para o outro lado do balcão e falou com a outra atendente que lhe deu trabalho.

— Eu sei que aceitei o trabalho, mas mil desculpas, eu preciso ir, não se preocupe sobre pagamentos e coisas do tipo, adorei o local e volterei mais vezes!

Já estava pronto para atacar alguém naquele lugar , quando vi um outro garoto correndo trazendo um prato com comida. Acompanhado com uma bebida.

— Hm.   —Olhei para o prato e ao garoto. Sem ao menos expressar alguma reação depositei o dinheiro em cima da mesa. Começando a saborear o delicioso frango.

Arma- Alabarda:

Finalmente as coisas entraram nos eixos, e nosso rumo estava decidido. Fiz de desentendida propositalmente, e depois sorri para Mannuel.

- Obrigada Sarah, iremos agora?

Cruzei os braços, orgulhoso, e virei a cabeça para cima.

— O que tu quer ? — perguntei, fazendo um suspiro.

Yvallice olhou por um instante para o quadro de missões, mas mudou de ideia em um instante. O rapaz estava indo ao ferreiro. Estava desarmada há um certo tempo.

Enfim, se aproximou, decidindo acompanhá-lo até lá. "Eu vou."

Arqueou uma sobrancelha e cruzou os braços, enquanto encarava Mannuel. ー Só queria saber se você esqueceu o que eu sou, uma homúnculo. Não sei bem, mas acho que as coisas que o meu pai faziam não eram exatamente legais. Queria perguntar se preciso me preocupar com isso. ー Redirecionou um sorriso torto para Helena, como se estivesse sem graça, mas não sabia o motivo. Arrumou a bolsa mais junto ao corpo e esperou pela resposta do rapaz.

Fadra'dma acorda, abrindo os olhos lentamente, olha em volta e vê a quantidade de pessoas glomeradas por ali e se pergunta oque poderia ter acontecido, e porque estava jogada numa mesa com uma terrível dor de cabeaça, apos escutar apor algum tempo, decide perguntar o que havia acontecido:
— Meus senhores, poderiam me explicar o que aconteceu? — disse ela — Só me lembro de perguntar sobre as missões para o senhor mascarado, e de repente estou jogada encima dessa mesa com uma terrivel dor de cabeça...

Heinz, após ter marcado o ponto de encontro com o grupo recém-recrutado, foi até Fadra-dma e ergueu-a, pronto para partir. Quando esta começou a retomar a consciência, o justiceiro tratou de partir dali depressa antes que ela tentasse qualquer outra coisa. Então, deixou finalmente a taverna.

Coloquei delicadamente a mão sobre o ombro de Sarah, mostrando que não me importava com aquilo, ela já era especial. Parei ao seu lado e esperei por ações vinda de Mannuel, já que não sabia ao certo quando iríamos partir.

— Não se preocupe com isso, caso de merda, nós fugimos. Eles não vão se preocupar em matar alguém que está ajudando — falei, no mesmo instante em que abria a porta e saia da taverna, indo para a cidade.

Acompanhei Mannuel para fora da taverna, seguida de Sarah. Parecia que finalmente as coisas ficariam interessantes.