Taverna Flecha Sangrenta

"Ok... Tentei ajudar conforme podia..." Digo, lançando as mãos ao ar e me lançando de costas a parede, ficando apoiado ali e enfiando as mãos nos bolsos. "Só não digam que não deixei claro as coisas."

Não digo mais nada, apenas sentia a pressão cair sobre mim e não era boa em lidar com ela. Dou uma ultima "olhada" para K, na parede e dessa vez saio andando rápido dali, sem me preocupar em bater a bengala no chão, continuando o teatrinho.

(Mdt: https://eshmir.forumeiros.com/t7p30-cidade-de-durenor )

Eu permaneço rindo, e vejo o homem sair. Já planejava minha ação de acordo com os demais acontecimentos. Por hora apenas aproveitava para observar ainda mais.

Entro na taverna, de maneira calma e fria. O cheiro de bebidas quase me deixava tonto, afinal, era extremamente nojenta toda aquela bebida derramada. O cheiro daquelas pessoas também não agradava.
—O que é isso? —Murmurei. —Parece que esse povo não conhece a higiene.
Em seguida, procuro alguma mesa que não está suja e me sento, lustrando o cristal branco-leitoso de meu cetro.

Fito a garçonete por um momento, então volto a lustrar a gema.
—Sim, gostaria de pedir a refeição mais barata que tiver. Não tenho tanto dinheiro assim. E também quero água.
Um sorriso sádico passou por sua face.
—E não, não sou o elfo que vocês querem ver.

"Se quiser minha ajuda quanto aos carinhas ali, fique aqui, perto das outras pessoas, e não saia, nem fale com eles." Digo a Mihaela. "Vou resolver uma coisinha e volto logo." Digo isso, passando a mão pelos cabelos e saindo caminhando pela porta.

MGT: Durenor

Ela ainda não confiava em K. Todas as suas atitudes eram estranhas.


"É melhor que não precise descobrir." Respondeu ao homem, realmente preferindo evitar qualquer tipo de violência. Nada a faria baixar a guarda— e levou suas mãos às bainhas, por precaução, pois mesmo em uma taverna, qualquer coisa poderia acontecer. 'Não fale com eles', bom, tarde demais.

Olho para a atendente com o sorriso cínico, e então fecho os olhos.
—Sabe, conquista é uma palavra que minha moral não aceita quando nestas condições. Mas agradeço a oferta; tome seu dinheiro.
Passo minhas mãos pelo saco de linho e pego algumas moedas, dando-as para a mulher.
—Infelizmente, não sou o homem que faz este tipo de ação.
Em seguida, começo a saciar minha fome e minha sede com os alimentos que me foram entregues.

O elfo fica chateado com a resposta da mulher, mas suspira e diz com calma:
—Certamente gostaria de um trabalho. Aliás, minha moral é um pouco diferente da sua, creio que nunca vá entender. Apenas um sentido da palavra me atrai.
Com as últimas mordidas, termino minha refeição.
—Terminei. O prato estava ótimo.

'Gracinha'? Ninguém tem a permissão para chamá-la de gracinha. Ninguém. Aquilo era muito ousadia da parte do homem, e agora Mihaela parecia, com certeza, odiá-lo. "O que o faz pensar que eu vou sair daqui com você?" Uma pergunta retórica, ou não.

"Não tenho interesse em confusões. Vá conversar com seu amigo, por favor." Disse, referindo-se ao outro sentado à mesa.

Abro a porta, lentamente, sem querer chamar atenção, e, com a mão no bolso, retiro a folha, mostrando para o homem que me atendera da outra vez, fazendo um joinha com a outra mão.

O balconista estava limpando uma das mesas da entrada quando viu que Lyudmila, a jovem que dera uma missão há pouco tempo, havia voltado.
- Oh! Bem-vinda de volta, madame. Concluiu a missão? - Ele logo lhe entregava o bloco e caneta que mantinha em seu bolso para anotar pedidos. - Foi difícil? - Estava, agora, sentando-se na mesa que acabara de limpar, convidando a homúnculo a se juntar a ele.

Sento na cadeira, que puxei, e balancei a mão, tentando dizer que foi mais ou menos. Larguei o papel em cima da mesa, encarando o homem.

- Ah, claro, a recompensa! - o homem se dirigiu ao balcão para procurar pelo ouro que havia reservado para ela.

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Enquanto isso, era possível ver um homem em capuz preto no lado de fora da taverna, observando a homúnculo.

Comecei a sentir uma estranha sensação, como se alguém estivesse me observando, de canto, tentei procurar alguém que estivesse com estas intenções.

O homem encapuzados continuou em sua posição, esperando que a homúnculo o notasse em alguma hora. Para facilitar, entrou na taverna, permaneceu parado na entrada por aproximadamente trinta segundos e saiu de novo.

Notei o estranho homem encapuzado, mas esperei pacientemente minha recompensa em dinheiro. Depois de um tempo comecei a batucar os dedos na mesa.

O balconista voltou, entregou a recompensa de duzentos ouros para Lyudmila e olhou para a janela.
- Hã... Senhorita, acho que o homem ali deseja algo com você. - Arqueou uma sobrancelha,ainda olhando para fora.

Assenti, acenando com minha cabeça verticalmente. Me levantei, guardando o dinheiro num bolso interno. Guardei a cadeira em baixo da mesa, e sai da taverna, seguindo o encapuzado.

Sua face estava quase completamente coberta pelo capuz, mas foi possível ver um sorriso no meio da escuridão. O homem andou um pouco até chegar ao fim da área de visão das pessoas na taverna pelo seu lado de fora.

Segui o encapuzado, segurando a minha lança com a melhor mão, para retira-la caso fosse preciso.