Fiquei irritado quando senti o corpo do homem se esbarrar no meu, no entanto, mantive-me inexpressivo. Era uma de minha habilidades, conseguia manter a personalidade que quisesse, mesmo que algo emocional atrapalhasse.
Disfarçadamente, não querendo que o mesmo descobrisse minha identidade real, olhei de cima para baixo, voltando até reencontrar os olhos do soldado. Ignorei a primeira frase, era melhor do que atrair atenção desnecessária, ainda mais contra um soldado de Breonne, que consegui identificar através da insignia de Breonne amarrada na luva do homem.
No fim, como um bom estrategista e ator, fiz uma reverência, assim como o soldado. Diferente do soldado, não pus minha mão no peito e me abaixei, somente abaixei um pouco a cabeça, demonstrando respeito, mas não total.
— Não é necessário este tipo de formalidade em uma taverna, soldado — comentei, tentando evitar que o mesmo ficasse por muito tempo naquela posição.
Logo após isso, escutei atentamente a sua outra frase, e respondi logo em seguida:
— Não digo que sou superior à ninguém, muito menos comparado a essas senhoritas — falei, gesticulando com as mãos, apontando com a palma da mão aberta e as duas mãos apontadas para Sarah e Helena — Vamos dizer que eu simplesmente fui mais apressado do que elas — continuei, voltando a por as mãos ao lado de meu corpo. Continuei encarando inexpressivamente o homem, e não mudei meu tom de voz em nenhum momento, sendo assim, falando sempre respeitosamente, mas em um nível perfeito de uma taverna.