Floresta Elzarea

Uma gigantesca faixa de terra coberta pela mais incrível e ameaçadora vegetação. As árvores de carvalho, pinheiros e múltiplos outros tipos de plantas cobrem toda a região. Seu território colossal amedronta muitas pessoas, incluindo viajantes aprendizes que não conhecem bem a floresta e acabam se perdendo. Se você conhece todo o perímetro, cuide-se, é melhor não arriscar e trazer seus melhores equipamentos, pois há uma imensa variedade de criaturas ferozes e carnívoras que não hesitarão em atacar.

Por um instante, um odor adocicado e suave paira no ar, indicando levemente a posição de frutas maduras. Porém, desaparece segundos depois.

Havia entrado na floresta. O som dos galhos no chão se quebrando enquanto o rapaz passava eram um tanto relaxantes para ele. Ele respirou profundamente, esse tipo de ambiente era o que ele mais gostava. Sentiu então um cheiro doce e leve no ar, porém que desapareceu logo em seguida.

- Uh... Acho que as uvas estão por perto...

Disse para si mesmo, enquanto vasculhava o local com seus olhos.

Sentiu o cheiro doce, ao qual ficou encantada. Imediatamente começou a procurar pelo local, a ponta de seu manto começava a ficar realmente suja. Imediatamente achou vinhas com os cachos ali pendurados, inclinou-se e começou a pegá-los, um por um. -Venha pegar você também. Não vou levar nada da sua parte.

- Pegar uvas não é um trabalho difícil para mim.

Disse enquanto ia em direção aos cachos tranquilamente, pegando alguns deles e os botando em sua mochila de couro em seguida.

-É o suficiente. Vamos. Abraçou os cachos por baixo do manto, caminhando atrás do rapaz, voltando com os passos largos. Esperava aquele ser o mesmo caminho de quando entraram na floresta, se não, iria ser um problemão achar ele de volta.

Subitamente, o animal que viram devorar uma carcaça nos prados salta em direção de Neeltath. Tinha pelagem amarelada, grandes caninos e olhos azuis. Enquanto anuncia o ataque, recua um pouco em posição de defesa e, em seguida, salta, visando abocanhar o braço do homem.

Ouviu um barulho vindo do canto direito, porém, não ligou, e acabou por ver o homem a sua frente ser atacado. Rapidamente deixou os cachos caírem no chão, e abriu seu tomo, o manto ficou saltado com a parte escarlate a mostra, com o vento, as páginas do livro começaram a folhear, estendeu seu braço em direção ao monstro, e recitou algumas velhas palavras. -Dot kmean tamlei dangkouv! Da sua mão, saiu uma esfera negra, que ao redor, tinha uma espécie de neblina escura, foi em direção a criatura.

Os ataques de Neeltath e Kiev se chocam contra a criatura, rasgando seu couro duro e machucando suas costas, mas esta não desiste e ataca com suas patas enormes o assassino. Em seguida, faz um giro de 180° com suas patas e utiliza uma investida para derrubar a mulher.

Por ser grande, a besta tenta, desajeitadamente, se desviar, porém, seu volume o impede de fazer grandes movimentos e acaba por ser acertado pela esfera nebulosa. Porém, ainda consegue bater na adaga com uma das patas e a redireciona contra o assassino. Apesar do sangramento, a criatura ainda consegue lutar e, com uma investida, derruba Kiev, fazendo seu tomo cair alguns metros longe da mesma.

A garota caiu no chão, por sorte, o manto amorteceu um pouco a queda, fazendo com que seu tempo de reação tenha sido mais rápido. Se dando conta do que aconteceu, se levantou e foi correndo até o tomo, abaixando o braço esquerdo e pegando o tomo novamente. Abriu ele e suas páginas começaram a ser folheadas mais uma vez. Cansada daquilo, decidiu usar um feitiço mais forte. Seus olhos tinham começado a ficar de uma cor púrpura, e muito escura, e em seguida, disse, com o que parecia ser múltiplas vozes. -Nih banhchob ilauvnih. As feridas da criatura causadas pelas suas esferas começaram a ficar negras, e eclodiram seu corpo de dentro para fora, fazendo com que seus órgãos e o seu sangue se espalhassem por todo o local.

O rapaz, ao ver sua adaga sendo redirecionada em direção a ele, jogou-se para a esquerda, recuperando equilíbrio antes de cair e deslizando nas tripas do bicho.

Graças a magia de Tharja, a criatura agora estava morta no chão, com sua tripa e sangue espalhadas próximas a mesma. O assassino havia conseguido desviar de sua adaga, sem muita dificuldade.

EXP:

Foi em direção a sua adaga curta, que havia sido fincada numa árvore próxima. Pegou-a e colocou no bolso. Então foi em direção á Tharja.

- Consegue andar?

Perguntou, enquanto olhava para a mesma.

-Sim. Se levantou, meio que cambaleante, porém, logo, recompôs sua postura. Soltou um pouco do seu manto e foi até onde tinha deixado os cachos, o local agora fedia a sangue e tripas, era um odor insuportável, mas a garota conseguia aguentar ele muito bem. -Você não fez porra nenhuma. Seguiu até o fim da floresta, querendo sair dali logo.

- Huh.

Disse baixo, enquanto tirava uma faixa da mochila, e enquanto encarava a mordida profunda que o animal havia dado em seu braço, levantou a manga da blusa e enfaixou o local atingido. Então correu até a garota, pois a mesma estava deixando-o para trás.

Passo pela floresta, indo para Quorin'Val, sempre cuidando com os animais selvagens e monstros que poderiam me atacar.